Ao todo, 12 municípios estão em situação de emergência.
Em Sergipe, 12 municípios estão em estado de emergência em decorrência de seca e estiagem, o que significa um total de 50.628 pessoas diretamente afetadas, segundo dados da Defesa Civil do Estado. Desde o mês de outubro de 2020 a região do Alto Sertão Sergipano, bem como alguns municípios do Agreste, tem sofrido com a falta de chuvas e o clima quente. Apesar de terem ocorrido precipitações em determinados períodos de lá para cá, não foram suficientes para preencher reservatórios de água e recuperação do solo.
Com isso, as cidades afetadas recorreram ao poder público, por meio de decreto, solicitando o reconhecimento da situação de emergência ou estado de calamidade pública. De acordo com o meteorologista do Estado, Overland Amaral, as circunstâncias são recorrentes nesta época do ano, quando ocorre uma significativa redução de umidade e água, afetando o armazenamento e o solo das regiões do alto sertão e agreste sergipanos. Ainda conforme o especialista, a situação tende a permanecer por mais cerca de três meses. “Todos os anos, nesse período a partir de outubro, vai ter essa estiagem. Faz parte das variações climáticas sazonais. Alguns anos tivemos a presença de efeitos convectivos dentro desses períodos, que são chuvas e trovoadas, que podem acabar normalizando a situação da seca, porém, o que aconteceu em novembro do ano passado não foi o suficiente para isso”, explica Amaral. Além da falta de chuva, pelos efeitos da estação climática de verão, as temperaturas estão mais elevadas nessas regiões, com menos nebulosidade e mais insolação.
Ainda conforme Overland, apesar da estiagem Sergipe está passando por um período de instabilidade climática que está trazendo uma pré-estação chuvosa, e que poderá acarretar numa possível normalização da seca devido à presença de sistemas convectivos que estão aportando em todas as regiões do Estado. “Esse sistema está instalado há duas semanas, e somente agora está se intensificando e pode trazer chuvas mais para a região do sertão. Porque tem a termodinâmica, com o calor, que traz possibilidade de acontecer chuvas mais intensas no sertão no período da tarde, e também na região litorânea, com chuvas mais no período da madrugada e início da manhã, como aconteceu essa noite, no litoral norte, no Município da Barra dos Coqueiros.
Jornal da Cidade
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